introdução alimentar
A Introdução Alimentar (IA) é o processo pelo qual o bebê passa a receber uma Alimentação Complementar além do leite materno (ou fórmula). É um processo importante para o bebê e sua família, e por isso deve ocorrer de forma tranquila.
A partir dos 6 meses, e dependendo dos sinais de prontidão, outros alimentos são introduzidos de forma lenta e gradual, sem afetar o aleitamento materno. Um alerta: cuidado com profissionais que orientam a limitar as mamadas nesse período, pois isso pode levar a um desmame precoce.
De forma geral, a composição da dieta deve ser equilibrada e variada, para que o bebê receba todos os tipos de nutrientes. O excesso de carboidratos e gorduras pode resultar em doenças crônicas no futuro, como obesidade e diabetes tipo 2.
A IA também é o momento adequado para oferecer alimentos potencialmente alergênicos, como ovo, peixe, amendoim, camarão etc. Entre 6 e 12 meses, o bebê tem uma janela imunológica, ou seja, um período em que seu sistema imune está aprendendo e portanto é mais fácil aceitar as proteínas desses alimentos. Eles devem ser introduzidos aos poucos e com uma certa regularidade.
Por último, mas não menos importante: É necessário oferecer água potável a partir da IA, para auxiliar o organismo do bebê a eliminar os subprodutos da digestão desses novos alimentos.
Existem várias formas e métodos para a IA, sendo os mais conhecidos:
🔸Tradicional/Papinha (alimentos amassados com garfo);
🔸BLW (pedaços maiores, na forma de tiras ou bastões);
🔸Participativa (é um meio termo entre BLW e papinha).
Você e sua família, com muita leitura e orientação profissional, irão encontrar o que faz sentido por aí.
Mas afinal, quando iniciar a IA?
- Ter 6 meses ou mais: antes disso só leite e nada mais! Ele não precisa e nem deve experimentar nada, porque o sistema imunológico e digestivo ainda estão imaturos, aumentando as chances de alergias e intolerância.
- Apresentar TODOS os SINAIS DE PRONTIDÃO. Isso mesmo, não basta ter 6 meses!
- Sentar com o mínimo de apoio ou nenhum apoio: a postura correta do bebê diminui o risco de engasgo;
- Ter controle da cervical e cabeça firme;
- Levar objetos à boca;
- Mostra interesse pelos alimentos;
- Perdeu o reflexo de extrusão/protrusão: para confirmar se ele não tem mais coloque uma colher de sobremesa vazia no início da boca do bebê, se ele a expelir com a língua significa que ainda tem o reflexo, mas se ele abrir a boca e aceitar a colher, significa que não tem mais.
Se o bebê ainda não tiver os sinais, espere mais uns dias e observe de novo. Não precisa ter pressa!
A introdução alimentar não é para o bebê encher a barriga, nem adquirir todos os nutrientes necessários para se desenvolver, afinal o leite materno (ou fórmula) é o principal alimento até 1 ano de idade.
Importante mesmo é que o bebê conheça os cheiros, sabores e texturas diferentes e entenda que a comida serve para alimentar, e assim, gradativamente, compreenda que não precisa mais do leite. Até isso acontecer ele já vai ter desenvolvido coordenação motora, mastigação e interesse no alimento.
Portanto, não crie a expectativa de que o seu bebê vai comer tudo, e não tente convencê-lo a comer mais do que ele deseja. Ele precisa criar a autonomia de escolher o quê e quanto comer. Isso contribui inclusive para o desenvolvimento do controle da saciedade.
E lembre-se: a qualidade do alimento merece mais atenção que a quantidade!
