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Carreira e Maternidade

A Maternidade é uma dança de dores e amores, e nosso trabalho está dentro dessa linda cantiga. Pode ser algo bem desafiador “dar conta de tudo”.

Dias atrás recebi uma mensagem de uma gestante com pródromos (faz parte do processo e não dá para saber quando o trabalho de parto (TP) vai engrenar.

A “Mari Doula antes do Caê” ficaria bem relax, pois são os bebês que decidem quando querem chegar, mas confesso que a “Mari Doula mãe do Caê” pensou: “Será que vai engrenar nesse fds? Seria melhor para não atrapalhar o trabalho de Diego”. É bem desafiador para ele porque nunca sei que horas eu volto. Doular é isso.

Quando o TP é a noite, penso se está tudo bem e se o Diego conseguiu fazer Caê nanar sem peito depois dos despertares na madrugada. Tenho que ordenhar ou ele trazer o Caê pra mamar. Desafios das duas missões que escolhi para mim: Doular e Maternar.

E as mulheres que não têm horários flexíveis, que precisam ordenhar todos os dias, que correm amamentar no horário de almoço, que precisam de rede de apoio diariamente, isso quando ela existe, para serem mães, mulheres e trabalhadoras?

Mulheres que estão rodeadas por homens que não compreendem que suas multitarefas podem levá-la a tempos e modos diferentes em se tratando de “produtividade”.

E as mulheres que decidiram, ou a vida decidiu por elas, maternar exclusivamente? Aquele trabalho invisível do cuidar de tudo e todos: casa, filhos, família, cachorro…

Como essa mesma gestante amada me disse em seu TP: “QUE DESAFIADOR QUE É ISSO AQUI” 😱

Deixo aqui meu amor e empatia por todas nós, cada uma na sua realidade, na malemolência da vida, para sermos o melhor que podemos ser como mães, mulheres e profissionais.

Desejo que nesse caminhar encontremos pausa, um tempo para nós, respiros fundamentais de autocuidado.

Que possamos encontrar leveza em nossas missões de vida.

E como sempre seguimos juntas na força ❤