A Dor do Parto

Imagem: Janaína Cunha

Você já deve ter ouvido falar dela de um modo aterrorizante não?

Respira e não pira, pois nem sempre a dor do parto é algo tão descomunal assim. A dor é inerente ao processo, o sofrimento não. Ela tem seu propósito: nos chama, é nossa amiga (aquela sincerona que te dá um chacoalhão quando precisa), te chama pra junto e diz: “foca e vai, na firmeza e no amor seguimos juntas”.

A dor do parto é mais ou menos assim. É através dela que mergulhamos para trazer nosso bebê. Saber mais sobre ela é o primeiro passo para encará-la com mais naturalidade, afinal o desconhecido causa medo.

As contrações uterinas são como ondas com começo, pico e fim, e intervalos para descansar. Em geral ela começa nas costas, irradia pelo quadril e barriga, deixando-a bem contraída. Costuma ser mais intensa quando a dilatação do colo está perto dos 10cm.

O expulsivo também pode ser bem desafiador para algumas mulheres, inclusive para esta aqui que vos fala. É comum a parturiente dizer que “não aguenta mais”, mas perceber que pode ultrapassar o limiar da dor, que é capaz e está parindo seu bebê.

A tranquilidade ajuda a aliviar a dor por diminuir o estado de tensão. Sob estresse, o organismo produz adrenalina, que pode inibir a ação da musculatura uterina, reduzindo a capacidade do organismo de reagir ao estímulo da ocitocina.

Técnicas de relaxamento, exercícios e respirações já podem ser treinados durante a gravidez. Na hora do parto, busque a positividade. Quando vier a contração, em vez de “mais uma”, que tal considerar “uma a menos para conhecer meu bebê”?

Massagens na lombar, bolsas de água quente e banhos mornos também ajudam. Relaxe ombros, pescoço, maxilar, pois a tensão tem reflexo direto na região do períneo.

Desviar o foco da dor contribui para uma experiência de parto mais positiva.