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a culpa não é sua

Existe um livro chamado “A Culpa é da Mãe” (Betty Monteiro), que traz uma infinidade de situações onde a culpa recai sobre nossos ombros. Trazer leveza para o nosso maternar é um desafio.

Esse processo se inicia na gestação, e como profissionais da assistência, precisamos tomar MUITO cuidado para não tornarmos o caminho do Gestar, Parir e Cuidar das mulheres ainda mais pesado.

É preciso refletir sobre como abordamos e sugerimos algo para uma gestante que já está em um turbilhão de emoções, e pode se sentir sobrecarregada se não conseguir “cumprir” nossas “tarefas de casa”.

As ferramentas e recursos que utlizamos precisam fazer sentido para cada mulher e serem leves e prazerosos. E NUNCA serem “vendidos” como garantia de desfecho de parto.

Por exemplo: algumas mulheres sentem alívio dos desconfortos pélvicos e lombares com alguns exercícios que acabam levado pra vida, e acham a massagem perineal muita chata. Isso não significa que elas terão lacerações perineais. O importante é mostrarmos as possibilidades, e não colocar mais obrigações que a façam entrar na culpa.

Vocês já devem ter ouvido que “Parto é Mergulho”. Não tem receita de bolo e nem regras. A mulher merece ser deixada livre para parir, e nosso papel é trazer leveza no cuidado à mulher, que geralmente está ansiosa, apreensiva, com medos e dúvidas.

É tudo tão intenso. Penso que não temos o direito de estragar este fluxo trazendo mais sobrecarga para ela.