Camila: Mãe da Mahê

Me mudei para Piracicaba e logo me vi grávida, sem conhecer quase ninguém na cidade. Minha primeira consulta com uma obstetra foi um balde de agua fria…me assustei com a frieza no atendimento, desrespeito no tempo de espera, respostas evasivas sobre o parto natural….mas foi na sala de espera que encontrei um folheto que me levou até Mariana.
E aí iniciamos um caminho muito especial que me muniu de conhecimento sobre gestação e parto, informações sobre o cenário obstétrico do município e região, autoconhecimento e principalmente autonomia nas minhas escolhas, confiança em mim e na natureza do meu corpo. Com o auxílio dela consegui definir o que eu podia e queria para o nascimento de minha filha.
Toda essa relação que antecedeu ao parto e se fortaleceu por meio das rodas de gestantes, encontros e das aulas de pilates….foi tão importante pra minha entrega ao processo que na hora eu nem me preocupei muito com monitorar as fases do trabalho de parto….apenas aceitei o movimento….e quando menos percebi estava a Mari lá, me amparando para a chegada da Mahê, me orientando a vocalizar no expulsivo.
Ahhh e tem algo excepcional que não posso deixar de mencionar. A Mari fala é papo reto com os acompanhantes……e por isso ela também ajudou meu companheiro a se empoderar de informações e se colocar como “pai presente no parto” e isso foi fundamental para minha entrega ao processo.
